que lindeza de texto, Lori. se a morte é não dizer mais nada, é também seguir vivo pela palavra do outro. de repente ela segue um pouco viva em ti, a única outra menina da família, e alguém cuja vocação é continuar a contar histórias.
eu acho que criança não foi feita pra morrer, tá errado quando acontece e fica aquele engasgado impedindo a gente de agir direito. eu entendo quem não consegue lidar, até a criança morta vai atrás do futuro prometido e passa um tempo admirando a prima que ficou.
"a morte é não dizer mais nada" e sentir tudo. Foi o que pensei ao ler seu texto. Mesmo que a morte seja um tabu, de várias maneiras, e que não se fale sobre, Sentimos tudo!
“Morrer é nunca mais ser um assunto”. Que texto brutal e, sim, maravilhoso. Sou absolutamente encantada pela cultura brasileira, mas esse é um dos traços de que menos gosto: a forma como lidamos com a morte. Acredito que agora sua prima exista um pouco mais, por meio das suas palavras.
Cheguei aqui por conta da Jana Viscardi, no texto sobre feminismo e vim fuçar pra ver do que se trata. com esse texto tu provavelmente ganhou mais uma assinante. Apresentação: sou LuFreitas, uma véia (à beira dos 60) com cara de não tão véia, jornalista, blogueira, interneteira, ex-agitadora.
Voltando às divergências. Morrer sim, é fim, é não dizer mais nada. Desde que você queira sumir. Conheço uma mulher, a Ana Michelle Soares, que morreu no começo do ano passado, que está mais que presente aqui, no coração e mente de muitas mulheres e homens. Me diz se bell hooks tá morta, irmã. Não, né? Então. A sua prima, tadinha, tá morta porque morreu cedo, não deu tempo de deixar marca.
E fiquei tão curiosa pra saber a história dessa morte que nem te conto. Coça mais que a tatuagem que está cicatrizando aqui.
Obrigada pela newsletter viu? Votos de vida longa e próspera.
Meus sentimentos para a Lorena de hoje e para a criança que você foi. Seu texto me lembrou muito "Relatos de um certo Oriente", do Milton Hatoum, no qual a protagonista passa por uma experiência semelhante quando criança e vai atrás na vida adulta desses silêncios, alagamentos e da melodia da infância.
que lindeza de texto, Lori. se a morte é não dizer mais nada, é também seguir vivo pela palavra do outro. de repente ela segue um pouco viva em ti, a única outra menina da família, e alguém cuja vocação é continuar a contar histórias.
eu acho que criança não foi feita pra morrer, tá errado quando acontece e fica aquele engasgado impedindo a gente de agir direito. eu entendo quem não consegue lidar, até a criança morta vai atrás do futuro prometido e passa um tempo admirando a prima que ficou.
Eu acho que suaprma segue viva, bem viva, na sua escrita. Ninguém morre enquanto tem alguém pra contar história.
"a morte é não dizer mais nada" e sentir tudo. Foi o que pensei ao ler seu texto. Mesmo que a morte seja um tabu, de várias maneiras, e que não se fale sobre, Sentimos tudo!
acho que quando eu cresci, talvez por conta desse episódio, não sei, decidi falar sobre a morte o tempo todo.
Sim! Também pensei que suas obras são marcadas por essa fala e sentimento. Como é valioso poder falar (e ler) o que sentimos. Obrigada
A tristeza escrita por você é tão linda.
Triste isso, mas bonito ela vir te visitar. E é quando somos crianças que vemos essas coisas.
Quando cresceu você soube como ou pq sua prima morreu?
sim, eu soube o que aconteceu no mesmo dia. sem detalhes, mas soube.
😪
Que bom que você falou.
Meu coração ficou com sete anos.
Meus pêsames tardios, Lorena.
A morte fica viva por muito tempo, por isso ainda é tempo de dar meus sentimentos. Meus mais pesados sentimentos.
“Morrer é nunca mais ser um assunto”. Que texto brutal e, sim, maravilhoso. Sou absolutamente encantada pela cultura brasileira, mas esse é um dos traços de que menos gosto: a forma como lidamos com a morte. Acredito que agora sua prima exista um pouco mais, por meio das suas palavras.
Há divergências, cara colega.
Cheguei aqui por conta da Jana Viscardi, no texto sobre feminismo e vim fuçar pra ver do que se trata. com esse texto tu provavelmente ganhou mais uma assinante. Apresentação: sou LuFreitas, uma véia (à beira dos 60) com cara de não tão véia, jornalista, blogueira, interneteira, ex-agitadora.
Voltando às divergências. Morrer sim, é fim, é não dizer mais nada. Desde que você queira sumir. Conheço uma mulher, a Ana Michelle Soares, que morreu no começo do ano passado, que está mais que presente aqui, no coração e mente de muitas mulheres e homens. Me diz se bell hooks tá morta, irmã. Não, né? Então. A sua prima, tadinha, tá morta porque morreu cedo, não deu tempo de deixar marca.
E fiquei tão curiosa pra saber a história dessa morte que nem te conto. Coça mais que a tatuagem que está cicatrizando aqui.
Obrigada pela newsletter viu? Votos de vida longa e próspera.
Meus sentimentos para a Lorena de hoje e para a criança que você foi. Seu texto me lembrou muito "Relatos de um certo Oriente", do Milton Hatoum, no qual a protagonista passa por uma experiência semelhante quando criança e vai atrás na vida adulta desses silêncios, alagamentos e da melodia da infância.
Obs: Era para ter escrito "apagamentos", mas talvez alagamentos também façam parte dessa experiência.